Untitled - O Caminho para El Amorado
O comboio grita.
Rouco, expele a sua presença
Através de um bréu de nevoeiro.
Sem medo, ele corre,
Sem hesitar, ele continua
Através de silvas e pinheiros,
Cascalho e rochedos grosseiros,
Vendo apenas um palmo de metros
Na escura noite ausente de Lua;
Quilómetros que não demoram...
Metros que nada dizem...
O comboio engole-os,
Ao longo de sua viagem:
Passa rios,
Passa florestas,
Passa rochedos
De íngremes arestas;
Tudo muda lá fora,
E pouco muda cá dentro...
Apenas pessoas, que entram
Aquando de outras que se vão embora.
Poucas ficam,
Pois não sabem onde vão:
Qual é este fado,
Nem a última estação;
Fique alguém e logo verá,
Onde o comboio lhe parará,
Onde a vida o levará:
À terra do El Amorado,
Onde nada lhe faltará.
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